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Revitalização do Parque Nacional da Tijuca, no Rio, deve durar 18 meses

por Agência Brasil

O consórcio vencedor da licitação aberta pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a revitalização do Complexo Turístico e Ambiental do Corcovado, no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, terá 18 meses para executar as obras. O prazo para apresentar os projetos físico e financeiro do empreendimento é de até agosto deste ano.

O programa prevê a recuperação do Hotel das Paineiras, fechado há aproximadamente 25 anos. A ideia é transformá-lo em um complexo turístico, que abrigará um centro de convenções, restaurante panorâmico, centro de visitantes, lanchonete, café e lojas de souvenirs. O projeto arquitetônico para o Complexo das Paineiras foi aprovado em concurso nacional realizado em 2009, em parceria, pelo ICMBio e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Ele é assinado pelo Estúdio América, de São Paulo.

De Acordo com Denis Rivas, coordenador de Uso Público e Negócios do Parque Nacional da Tijuca, um grande problema do parque é o estacionamento. Por isso, uma das principais metas é aumentar a capacidade do estacionamento para 500 vagas. Os investimentos necessários foram avaliados em cerca de R$ 40 milhões, mas devem sofrer reajuste, uma vez que a estimativa é de 2009.

A entrega da área totalmente revitalizada à população deve ocorrer antes da Copa do Mundo de 2014, salientou Rivas. “O nosso empenho é esse”. Ele espera que as obras deem ao parque a qualidade dos serviços registrada no Parque do Iguaçu.

O ICMBio continuará responsável pela administração do parque, estabelecendo normas de visitação e de monitoramento da qualidade ambiental. Também fiscalizará o cumprimento do contrato com o consórcio, em conjunto com os órgãos que compõem a gestão compartilhada - a prefeitura carioca, o governo fluminense e a Mitra Episcopal, entre outros.

O Parque Nacional da Tijuca, criado em 1961, tem área de quase 4 mil hectares, sendo, portanto, o segundo maior parque brasileiro. O parque abriga o monumento do Cristo Redentor, um dos pontos turísticos mais visitados do país. Segundo informação do ICMBio, o local recebeu mais de 2,2 milhões de visitantes em 2011.

 Local abriga o monumento do Cristo Redentor, um dos pontos turísticos mais visitados do país

Fazenda Preserva Mundi sedia Dia de Campo sobre cultivo do neem

Piscicultores, empresários, fazendeiros, técnicos e lideranças de 17 municípios do nordeste do Pará, se reuniram na última sexta-feira (10), na Fazenda Preserva Mundi (Neem), em São João de Pirabas, para o  Dia de Campo sobre cultivo do Nim e criação de pirarucu em cativeiro.

A proposta da Emater é acompanhar e apoiar o trabalho da fazenda Neem e formar uma cooperativa de piscicultores, que estimule o criatório do pirarucu e desenvolva a produção agrícola.

No encontro, os participantes puderam tirar suas dúvidas sobre o cultivo de essências florestais como o Nim. Pesquisa recente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) detectou que o extrato da planta combate cerca de 400 espécies de fusariose, praga que causa grande perda na produção.

No que diz respeito à pecuária, o Nim também se apresenta com uma alternativa para o combate de vermes e carrapatos.


Veja o vídeo:



Leia matéria da Agência Pará de Notícias sobre o evento:

Emater expõe tecnologias para cultivo de essência florestal

Agência Pará de Notícias

Com o objetivo de diversificar, verticalizar e fomentar a produção de essências florestais e o cultivo do pirarucu em cativeiro, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) promoveu nesta sexta-feira (10) um Dia de Campo na fazenda Neem, no município de São João de Pirabas, nordeste do Estado.

A propriedade pertence ao empresário Sérgio Lidemamm e funciona hoje, em parceria com a Emater, como um centro difusor de tecnologias inerentes ao trabalho desenvolvido especialmente com o Nim (planta de origem asiática) e produção, cria e engorda do pirarucu.

Durante a visita técnica os participantes puderam conhecer as tecnologias usadas para a criação do pirarucu em cativeiro e entender a importância correta do manejo que garante um aproveitamento maior dos alevinos, diminuindo o índice de mortalidade.

As informações tiraram as dúvidas da produtora Deuzilene Batista, que tem uma propriedade no município de Bonito. Por falta de conhecimento técnico, ela acabou perdendo grande parte da produção. “Essas informações vão me auxiliar na criação do peixe, que já comercializamos em nossa propriedade”, informou.

A criação do pirarucu é uma alternativa de geração de emprego e renda especialmente para as famílias de agricultores da região, que têm sua realidade baseada na pesca artesanal e predatória de pescado. O pirarucu, cuja carne é muito apreciada, pode ser aproveitado em sua totalidade. Subprodutos como escamas e pele são matéria-prima com grande valor no mercado internacional, usados na fabricação de bolsas, acessórios e calçados.

Plantio – Outra forma de geração de renda apresentada aos participantes é o cultivo de essências florestais como o Nim. Pesquisa recente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) detectou que o extrato da planta combate cerca de 400 espécies de fusariose, praga que causa grande perda na produção.

No que diz respeito à pecuária, o Nim também se apresenta com uma alternativa para o combate de vermes e carrapatos. “A mistura do pó da planta ao sal mineral na ração animal ainda elimina a ‘Mosca dos chifres’, prejudicial à bovinocultura”, informou Jairo Eiras, engenheiro agrônomo da Emater.

A proposta da Emater é acompanhar e apoiar o trabalho da fazenda Neem e formar uma cooperativa de piscicultores, que estimule o criatório do pirarucu e desenvolva a produção agrícola. “Não existe melhor forma de desenvolvimento do que o associativismo. Juntos diminuímos os custos, aumentamos a produtividade e o poder de mercado”, disse a presidente da Emater, Cleide Amorim.

Texto: Iolanda Lopes - Emater
Email: gabinete@ceasa.pa.gov.br

Manejo Ecológico dos jardins com o uso do neem

Leia matéria da 'Revista Paisagismo em Foco' com a diretora da Preserva Mundi, Romina Lindemann

Dicas de Profissionais, por Romina Lindemann - Dê adeus ao veneno    

Belos jardins repletos de flores, folhas e.... produtos tóxicos! Por muito tempo os inseticidas químicos tem sido a principal arma dos paisagistas para o controle de pragas nos jardins. Além dos problemas para a saúde - tanto de quem frequenta o local quanto de quem manuseia o produto -  os pesticidas desequilíbram também o meio ambiente já que o veneno mata os insetos de forma indiscriminada, eliminando também abelhas e borboletas.  Mas, assim como na agricultura, a demanda por uma plantação orgânica e natural tem crescido no paisagismo.

O manejo ecológico dos jardins é um pedido cada vez mais frequente entre os clientes que encomendam projetos paisagísticos e um diferencial competitivo para as companhias que se prepararam para ofertar um serviço que passa longe de produtos químicos. É o caso, por exemplo, da Burle Marx e Paisagismo LTDA. A companhia, fundada em 1955 por Roberto Burle Marx no Rio de Janeiro - vem usando desde o início do ano um óleo vegetal extraído de uma árvore indiana - a Azadirachta Indica, também conhecida como neem, - na manutenção de seus projetos.

O óleo de neem combate desde pequenas cochonillas que infestam as bromélias dos jardins até insetos maiores com a mesma eficiência dos agrotóxicos. Mas, ao contrário dos inseticidas químicos, o óleo do neem é biodegradável e atua apenas no sistema hormonal do inseto inibindo o desenvolvimento de ovos e larvas. Somente insetos que se alimentam de plantas são afetados pelo neem. Quem fornece o óleo para a empresa é a Preserva Mundi, que cultiva a árvore há cinco anos na região de São João de Pirabas, interior  do Pará, em parceria com as comunidades ribeirinhas do local. Segundo a gaúcha Romina Lindemann, sócia da empresa, o estado foi escolhido porque tem  temperatura e umidade que favorecem o plantio. Além de clientes na área de paisagismo, a empresa também fornece neem para outros 75 produtores rurais em todo País. "Nossas vendas tem crescido 45% ao ano", diz. Hoje a fazenda, localizada a 200 km de Belém, possui 150 mil árvores. E tudo delas é aproveitado - do principio ativo se produz desde repelentes de insetos e carrapatos para serem usados em casa e nos animais domésticos à sabão para o combate à piolhos nas escolas estaduais da região. " Acreditamos que o uso de defensivos naturais tem tudo para crescer no Brasil. Quem ficar fora desta tendência vai perder mercado, não importa em que área", diz Romina.

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Técnica orgânica rende preço acima de mercado a cafeicultores da BA

Base da adubação da lavoura é o composto orgânico.Quase toda produção é exportada para os Estados Unidos e a Europa.

Um grupo de produtores de café da Chapada Diamantina, na Bahia, que apostou no sistema biodinâmico, uma técnica orgânica de cultivo, conseguiu preços acima do mercado por causa da alta qualidade do produto.

O clima da Chapada Diamantina é perfeito para o café. Encravada no coração da Bahia, boa parte de seus 31 mil quilômetros quadrados tem mais de 700 metros de altitude, o que deixa a temperatura amena, do jeito que a lavoura gosta. Hoje, o café ocupa perto de 45 mil hectares, pouco mais de 1% da área da Chapada. A maior parte dos cafezais é cultivada no sistema convencional.

Um grupo de agricultores produz mais do que a média nacional e venda o café até pelo dobro do preço. A fazenda Terramater tem 90 hectares e fica no município de Ibicoara. O dono, o agrônomo Adeodato Menezes, planta café há quase 30 anos. No começo, a lavoura era tocada no sistema convencional, mas um tinha um detalhe que incomodava. "A monocultura é muito vulnerável, é um sistema que não tem equilíbrio biológico".

Para fugir da monocultura, em 1998 Adeodato decidiu mudar o jeito de produzir e implantou o conceito da agricultura biodinâmica, que é uma modalidade de agricultura orgânica. Como na agricultura orgânica, a biodinâmica também não usa veneno nem adubo químico industrializado e busca sistemas de produção mais parecidos com o que acontece na natureza.

A maior parte da fazenda é destinada à preservação. Dos 90 hectares, apenas 22 vêm sendo usados pela família. Oito são de pasto e dez estão ocupados por roças temporárias, terreiro e outras construções. O cafezal, que tem pouco mais de quatro hectares, é todo sombreado por fruteiras e árvores nativas. O sombreamento reduz a temperatura dentro da lavoura e ajuda a conservar a umidade do solo. Além disso, as folhas que caem no chão mantêm a terra coberta e viram matéria orgânica, o que contribui para a nutrição das plantas.

As ruas entre os cafeeiros também são usadas para a produção de outros alimentos, como o milho. Na agricultura biodinâmica, boa nutrição e equilíbrio são fundamentais para a saúde das plantas. Por isso, a adubação é caprichada, feita com composto orgânico, fosfatos e biofertilizantes naturais. É importante lembrar que na biodinâmica não tem receita pronta. Cada agricultor deve encontrar o melhor jeito de trabalhar respeitando o lugar onde vive.

Os agricultores Luca Allegro e Nelson Ribeiro são vizinhos de porteira e se conhecem há mais de 30 anos. No final da década de 1990 cada um tinha 40 mil pés de café. Eles eram pequenos produtores que não tinham recurso para investir nas lavouras. Então, surgiu a ideia de transformar amizade em sociedade.

A primeira mudança foi a conversão dos cafezais para o sistema biodinâmico. O segundo passo foi sombrear o café. A base da adubação da lavoura é o composto orgânico, feito com casca de café, esterco, minerais naturais e os preparados biodinâmicos. As plantas também recebem uma dose de fosfato natural. A quantidade de cada adubo aplicado na lavoura é baseada na análise de solo que Nelson Ribeiro faz duas vezes por ano. Na época da colheita, as cascas e a água da lavagem do café também viram alimento para as plantas.

Uma ferramenta importante para ter sucesso na produção de café orgânico e biodinâmico é a escolha de variedades que se adaptem melhor a esses sistemas. O pessoal da fazenda trabalha com quatro variedades diferentes de café. A maior parte dos cafeeiros é das variedades catuaí amarelo e vermelho.

O agricultor Nelson Ribeiro também planta dois hectares de obatã, um hectare de acauã e meio hectare de café Bourbon. "O manejo orgânico no acauã não está dando certo", diz.

Com o sucesso do sistema os cafeicultores foram aumentando a lavoura. Hoje, eles têm 160 mil pés de café, com dois terços em plena produção. A produtividade é de 40 sacas de café por hectare, o dobro da média nacional. Na fazenda se faz café fino, de alta qualidade, o chamado café gourmet. Por isso, é preciso caprichar na colheita. O chão é coberto com uma lona para evitar o contato dos GRÃOS com a terra.

"Devemos colher só os grãos bem maduros, bem cereja; evitar tirar o grão verde, que atrapalha todo o processo da qualidade do café", explica Ribeiro.

É preciso mão de obra bem treinada para fazer o serviço. Quarenta pessoas trabalham na colheita. A produção do café segue do campo para o lavador, onde os grãos verdes, que passaram pela colheita seletiva, são separados porque dão bebida de pior qualidade. Os grãos maduros são preparados de três formas: em coco, descascado e despolpado. Todos os lotes vão para o terreiro e é tudo calçado e coberto com plástico. Cada terreiro faz a secagem de um lote diferente de café, que é separado por variedade e dia de colheita.

Os agricultores Luca Allegro e Nelson Ribeiro montaram uma sala de prova para avaliar a qualidade da bebida produzida na fazenda. "A gente acha que é importante que o produtor tenha controle sobre a sua produção. Isso não só para saber o que está sendo feito, mas para a hora da venda. Quem diz se o café é bom ou não é a gente", esclarece Allegro.

Só depois da prova a fazenda forma os lotes, padronizados de acordo com características de variedade, sabor e tipo de bebida.

A propriedade trabalha com um sistema de mecanização chamado de micro-lote. "Cafés com características semelhantes são agrupados em números de saca pequenos. Assim, ele agrega mais valor", explica Allegro.

Os micro-lotes são preparados de acordo com a vontade do comprador. Quase toda a produção é exportada para os Estados Unidos e a Europa, nichos de mercado que garantem uma boa renda para os produtores da Chapada.

Para os cafeicultores Luca Allegro e Nelson Ribeiro, a biodinâmica e o investimento na qualidade trouxeram a chance de competir com grandes produtores num mercado que está cada vez mais exigente.

Israelense desenvolve pesticida natural à base de óleos comestíveis

O produto, desenvolvido por um cientista de Israel, leva na composição óleos de canola, soja, algodão e oliva

Da Redação
Um pesquisador israelense desenvolveu um pesticida simples, barato e seguro à base de uma mistura de óleos comestíveis. O produto foi criada pelo cientista agrícola Samuel Gan-Mor, do Volcani Institute, e é uma composição de óleos de canola, soja, algodão e oliva. O cientista descobriu que ingredientes desconhecidos que são ativos nestes óleos podem bloquear a capacidade de respiração dos insetos, impedindo sua mobilidade.

O produto está sendo comercializado em Israel e pretende ser uma alternativa sustentável e segura, mesmo quando usado minutos antes da colheita – pesticidas químicos tradicionais exigem um período de “esfriamento” entre a aplicação e a colheita.

Tomates cultivados convencionalmente, por exemplo, retêm pelo menos 35 resíduos de pesticidas. Alguns pesticidas químicos provocam disrupção hormonal, têm agentes causadores de câncer ou nerotoxinas que podem ter efeitos nocivos no cérebro e no desenvolvimento de bebês.