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Novo sistema da Embrapa produz tomates livres de agrotóxicos

 Comercialização dos produtos deve começar em novembro

Apesar de não utilizar agroquímicos no processo de cultivo do tomate pelo Tomatec, a produção não é orgânica

Por Globo Rural Online

Uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa promete reduzir o custo de produção, o uso de produtos químicos e a contaminação ambiental. Trata-se do sistema de produção Tomatec (Tomate Ecologicamente Cultivado), que visa garante tomates livres de resíduos de agrotóxicos e maior produtividade.

Em 2012, serão cultivados cerca de 12 mil tomateiros por meio do sistema em municípios do Rio Grande do Norte, São Paulo e Goiânia. A comercialização do produto começa a partir de novembro.

Apesar de não utilizar agroquímicos, a produção não é orgânica. O processo consiste em tomateiros sustentados por fitilhos plásticos e os frutos envolvidos em sacos de papel. O uso dos fitilhos no lugar das estacas de bambu para a sustentação das plantas permite melhor desenvolvimento dos tomateiros, além de poder ser lavado após o uso – diferente do bambu, utilizado sem higienização prévia e contaminando novas lavouras. A contaminação dos frutos também é impedida pelo uso de um saco feito com papel especial, que serve como barreira física à passagem dos agrotóxicos.

Análises realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 2006 atestaram a ausência de resíduos agrotóxicos no tomate produzido com o acompanhamento da Embrapa. Em 2009, a Fiocruz realizou o mesmo exame em uma propriedade que plantou dois mil pés da fruta utilizando o sistema e sem a interferência de pesquisadores, novamente indicando que os frutos eram livres de agrotóxicos.

A conservação do solo, o uso eficiente da água e economia no uso de fertilizantes são outras vantagens do sistema. É possível diminuir perdas por erosão do solo, reduzindo a contaminação dos mananciais. A fertirrigação também proporciona a economia de água e adubos mais solúveis, representando uma queda de 40% na taxa de adubação, geralmente elevada nas lavouras de tomate.

A marca Tomatec já está registrada junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial e frutos produzidos a partir deste sistema serão certificados em breve. Segundo José Ronaldo, pesquisador responsável pelo início do trabalho, pretende-se vincular um preço diferenciado à marca, de modo a assegurar mais renda ao produtor que vender os tomates livres de resíduos agrotóxicos.

Um prêmio à pioneira da agroecologia



A agrônoma Ana Primavesi luta há 65 anos pela vida dos solos; em setembro, receberá o principal prêmio mundial da agricultura orgânica

Por Tânia Rabello

A modéstia permeia as declarações da engenheira agrônoma Ana Primavesi quando ela se refere ao One World Award - o principal prêmio da agricultura orgânica mundial, conferido pela International Federation of Organic Agriculture Movements (Ifoam). Neste ano, foi ela a escolhida para receber a homenagem, na Alemanha.

"Eles distribuem o prêmio entre os vários continentes. Agora, foi a vez da América do Sul", comenta uma das precursoras do movimento orgânico no Brasil. "Estão me premiando por toda parte... Não sei para que isso", acrescenta, quase encabulada.

E ouve, em seguida, que a homenagem que receberá no dia 14 de setembro, com a participação de mais de mil pessoas, entre elas a vencedora do prêmio Nobel Alternativo da Paz, a indiana Vandana Shiva, é mais do que merecida, pelo trabalho que vem fazendo, há 65 anos, pela agricultura ecológica, auxiliando lavradores a tornarem suas terras produtivas e limpas, em harmonia com o ambiente, eliminando o uso de agrotóxicos e adubos químicos.

"Pois é... Pelo jeito...", sorri Ana Primavesi, que arremata: "Dizem que eu inventei a agricultura orgânica. Conscientemente, não. A gente sempre trabalhou dessa forma".

Impactos positivos
 
Instituído em 2008, o One World Award é conferido a cada dois anos a ativistas da agricultura orgânica no mundo. São pessoas cujo trabalho impacte positivamente a vida dos produtores rurais.

Em 2008, quem ganhou o prêmio foi o veterinário e professor alemão Engelhard Boehncke, por suas práticas e estudos em relação à criação orgânica de animais. Há dois anos, foi a vez do indiano pioneiro em agricultura orgânica Bhaskar Salvar, que, logo no início da década de 1950, contrapôs-se à Revolução Verde - que inaugurou o uso de adubos sintéticos e agrotóxicos nas lavouras -, ensinando agroecologia aos produtores, com o uso de fertilizantes orgânicos, a manutenção da vida no solo e o fortalecimento das plantas por meio de um ambiente equilibrado.

Neste ano, Ana Primavesi será a agraciada. Aos 92 anos, austríaca naturalizada brasileira, formada pela Universidade Rural de Viena, é Ph.D. em Ciências Agronômicas e especializada em vida dos solos. Publicou vários artigos científicos e livros sobre o assunto, mas um deles, Manejo Ecológico do Solo (Editora Nobel, 552 páginas, reeditado mais de 20 vezes), é uma das bíblias da produção orgânica e leitura obrigatória nas faculdades de Agronomia do País.

A obra é citada no livro Plantas Doentes pelo Uso de Agrotóxicos, de Francis Chaboussou, no qual prova que pragas e doenças não atacam plantas cujos sistemas estejam equilibrados. E que são os adubos químicos e os agrotóxicos que atraem os parasitas, gerando um ciclo de dependência, com nefastas consequências para o planeta.

Preservação

Desde 1947, quando iniciou sua vida profissional, e por meio de aulas na Universidade Federal de Santa Maria (RS), Ana Primavesi vem batendo na tecla da preservação da vida no solo. Em aulas, palestras, conferências, debates, assistências técnicas diretas aos produtores Rurais e a suas associações, a engenheira agrônoma repete frases que se tornaram mantras.

E quem as coloca em prática vê os resultados na produção, na preservação e na saúde de quem planta e de quem consome os alimentos agroecológicos: "O segredo da vida é o solo, porque do solo dependem as plantas, a água, o clima e nossa vida. Tudo está interligado. Não existe ser humano sadio se o solo não for sadio e as plantas, nutridas."

Observação

Tanto que a primeira coisa que ensina aos agricultores que a procuram é olhar para a terra. "Se o solo tem uma boa estrutura, o agricultor tem grande chance de modificá-lo e convertê-lo para a agricultura orgânica", diz. "Terra com boa estrutura forma grumos, que nada mais são que o entrelaçamento de microrganismos que conferem vida ao solo e saúde às plantas, além de permitirem a infiltração da água. Em solos compactados e sem vida, água vira enxurrada e provoca erosão."

Ana Primavesi lembra que uma planta precisa de no mínimo 45 nutrientes para se desenvolver e produzir de forma saudável. "A agricultura convencional dá, no máximo, 15 desses nutrientes para as plantas. E nem sempre esses 15 nutrientes são integralmente ministrados às lavouras convencionais", diz.

O resultado são plantas deficientes nutricionalmente e frágeis aos ataques de pragas e doenças, dependentes, portanto, do uso de agrotóxicos.

É justamente a maneira de devolver esses nutrientes ao solo que Ana Primavesi ensina aos agricultores. Ela lembra de agricultores na cidade de Diamantina, em Minas Gerais, que há cerca de 15 anos a procuraram porque já não conseguiam produzir com o pacote convencional.

"Eles estavam a desanimados, quase falindo, porque a cada ano a terra respondia menos às adubações", conta. "Começamos a melhorar o solo e a qualidade dos nutrientes, passando a aplicar adubações orgânicas", continua. "Demorou uns quatro a cinco anos, mas agora eles produzem com fartura. Há uns anos voltei lá e vi como estavam felizes com a produção orgânica", conta Ana, ressaltando que a recompensa sempre vem. "O problema é que ela não é rápida, e muitos desistem." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Azadiractina, uma nova opção no controle de insetos

Por Uemerson Silva da Cunha  e Paulo César Bogorni  

Dentre as estratégias adotadas para minimização dos danos de insetos-praga em hortifrutigranjeiros, o controle químico tem sido a principal,  onde várias pulverizações são realizadas durante seu cultivo. Apesar disso, muitas vezes não se tem obtido a eficácia desejada, devido entre outros coisas, a seleção de populações resistentes aos princípios ativos empregados e à eliminação de populações de inimigos naturais.

Somados a estes, estão os possíveis problemas de intoxicações de  produtores e de  consumidores pelos resíduos dos agrotóxicos utilizados, bem como a contaminação ambiental. Nesse sentido, uma das alternativas que tem se mostrado promissora como componente do manejo integrado de insetos-praga, tais como a traça-do-tomateiro Tuta absoluta (Meyrick) e a mosca-branca Bemisia tabaci (Genn.) biótipo B, o uso de inseticidas  naturais, predominantemente os oriundos  de  Azadirachta indica  (Meliaceae), planta inseticida de origem indiana comumente denominada nim, cujo principal composto é a azadiractina.

Os insetos tratados ou alimentados com azadiractina apresentam alterações desde a inibição do crescimento, deformações e prolongamento da fase de desenvolvimento até a morte. Nesse sentido, a utilização desse tipo de composto constitui uma alternativa viável para o controle de pragas, principalmente considerando-se que os sistemas de produção sustentáveis requerem a implantação de medidas menos agressivas e que possam ser mantidas por um maior período de tempo como parte do agroecossistema.

No Brasil, alguns trabalhos foram realizados, utilizando-se um produto formulado à base de azadiractina, visando o controle da traça-do-tomateiro e da mosca-branca. Para o controle de traça-do-tomateiro,  verificou-se que concentração do produto formulado a partir de 0,18%  foi suficiente para causar mortalidade superior a 90% das larvas no sexto dia após a aplicação. Já para mosca branca as concentrações de 0,12% e 0,24% provocaram mortalidade de ninfas superiores a 80% e 90% respectivamente, ao 15º dia após a aplicação do produto.

A azadiractina tem seu principal efeito por ingestão, assim sendo, a  mortalidade dos insetos é observada a partir do quarto dia após a aplicação. Apesar de não possuir ação de choque o efeito da  azadiractina sobre larvas e ninfa é imediato, paralisando  a alimentação e levando a morte das mesmas. A ovoposição das fêmeas também é afetada.

Por se tratar de um composto natural, extraído de uma planta, a azadiractina apresenta problemas de degradação havendo a necessidade de que produtos a base desse composto sejam formulados para aumentar a vida de prateleira e apresentarem maior eficiência em condições de campo. Também, por não deixar resíduos nos produtos tratados é um fator a mais de segurança ao consumidor.

Embora diversos produtos a base de azadiractina sejam comercializados no Brasil, esses em sua grande maioria são “óleos” que não apresentam uma garantia mínima desse composto em sua composição, além de outras impurezas. Hoje temos apenas um produto registrado no MAPA a base de azadiractina chamado Azamax® que também tem certificação para uso em agricultura orgânica. A utilização de produtos registrados nos dá não apenas a garantia da concentração do ingrediente ativo mas a segurança de uma melhor  eficácia no manejo das pragas nas lavouras. 

Bibliografia

CUNHA, U.S.; BOGORNI, P. C.; VENDRAMIM, J. D.; GONÇALVES-GERVÁSIO,  R.  C. R. Estimativa de concentrações letais de NeemAzal-TS, formulação à base de nim, para a traça -do-tomateiro Tuta absoluta (MEYRICK) In. Simpósio sobre controle biológico - SICONBIOL, VIII, São Pedro, SP, SEB, p.162, 2003.

LOVATO, B. V.;  VENDRAMIM,  J. D. Estimativa de concentrações letais de  Neemazal-TS, formulação  à  base  de  nim,  para  a  mosca-branca Bemisia tabaci (Genn.) biótipo  B . In:  XI Simpósio Internacional de Iniciação  Científica  da  USP,  2003,  Piracicaba.  Resumos.  Piracicaba: ESALQ, 2003. v.1. p.56-56.

Conheça os benefícios do Noni

A  Morinda citrifolia Linn (Noni) é uma tradicional planta medicinal que tem sido usada por mais de 2.000 anos pelos povos polinésios.

Ela possui propriedades terapêuticas que ajudam a promover a boa saúde e o bem-estar e é utilizada na medicina tradicional e popular para diversas enfermidades e afecções como alergia, artrite, asma, depressão, diabetes, hipertensão, entre outras.

O Noni auxilia a renovação das células, reduzindo os efeitos do envelhecimento. Estimula a produção de hormônios e fortalece a massa muscular e a estrutura óssea, pois contém muitos alcalóides que ajudam o corpo humano a regenerar as cédulas danificadas e a aumentar as defesas do organismo, de forma natural.

Alguns benefícios Suco de Noni (Morinda Citrifolia):

• Dá suporte ao sistema imunológico, aumentando a resistência
• Melhora o bem estar
• Melhora a digestão
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