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Após alguns anos de trabalho em São João de Pirabas - PA para promover a saúde e o bem estar produzindo produtos naturais como a natureza, e a partir das folhas do NEEM, a Preserva Mundi lança seus uniformes. 
Escolhemos um material leve (dryfit) e branco (refletir o sol, nnao absorver tanto calor), proporciona uma qualidade de trabalho melhor a seus colaboradores que enfrentam sol e chuva na Amazônia para preparar toda linha de produtos produzida pela empresa. Essa camiseta foi feita em parceria com a BOB FROG.

Somos 15 funcionários que dedicamos com amor a natureza à servir nesse propósito. 

Porque para a  Preserva mundi é saúde no campo e saúde na mesa.


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Instituto Terra lança portal que ensina a produzir mudas para reflorestamento

Entre os principais entraves para a expansão de ações de reflorestamento de áreas degradadas no Brasil está a oferta adequada de mudas de espécies nativas.

Um problema que deve aumentar diante das necessidades de adequação ambiental impostas aos proprietários rurais pelo novo Código Florestal.

Com o objetivo de ajudar a suprir essa lacuna, o Instituto Terra lançou o Portal Semear (www.portalsemear.org), primeiro banco de dados on-line do Brasil que reúne informações sobre todo o processo de produção de mudas florestais a partir da semente.  O projeto se tornou possível com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, através da iniciativa BNDES Mata Atlântica.

Além da necessidade de maior produção de mudas, sabe-se que para reflorestar com sucesso é preciso plantar a espécie certa de acordo com o tipo de solo, condições climáticas, relevo, altitude, entre outros fatores ambientais e ecológicos.  “O Portal Semear é uma iniciativa pioneira, principalmente considerando a produção de mudas para reflorestamento em áreas degradadas, que exige vasto conhecimento sobre a fisiologia das sementes e de suas especificidades, e mais difícil ainda quando se trata de Mata Atlântica, dado ao grande número de espécies ocorrentes nesse bioma”, destaca o engenheiro ambiental Jaeder Lopes Vieira, responsável técnico pela supervisão do portal.

O banco de dados já reúne documentação técnica de 80 espécies nativas de Mata Atlântica, com o passo a passo para a produção de mudas com sucesso. “Nosso objetivo é cadastrar todas as 297 espécies que já produzimos em nosso viveiro, mas com a contribuição de outros parceiros pretendemos atingir a maior diversidade possível disponível na natureza, inclusive de outros biomas”, explica Jaeder Lopes.

São informações que o Instituto Terra pesquisou e organizou ao longo dos últimos 15 anos, a partir de toda a experiência obtida com o viveiro de nativas que mantém na RPPN Fazenda Bulcão e que já forneceu mais de 4,5 milhões de mudas para os projetos de reflorestamento de Mata Atlântica que desenvolve na região do Vale do Rio Doce.

A estrutura do Semear foi desenvolvida no modelo de “enciclopédia online”, permitindo a colaboração para o conteúdo técnico ali exposto. São padrões específicos de produção de mudas baseados em experiências desenvolvidas no viveiro do Instituto Terra, que se mostraram eficientes e são replicadas nas atividades de produção diárias, e de outras instituições a serem convidadas, conforme explica Adonai Lacruz, superintendente Executivo do Instituto Terra.

“Não se tem notícia de nenhuma ferramenta comparável a essa, tanto em relação ao tipo de informação que oferece quanto à gratuidade do acesso e, principalmente, aos aspectos colaborativos e interface com usuário”, acrescenta Adonai.

O passo a passo registrado para cada espécie reúne informações com foto das várias etapas envolvidas, que vão desde a seleção da semente, sua colheita, beneficiamento, identificação do lote, testes de laboratório, seguida do preparo do substrato, semeadura, irrigação, nutrição das mudas, controle biológico e fitossanitário de pragas, seleção das mudas, reencanteiramentos, aclimatação, expedição, até a preparação para a realização do reflorestamento.

Ao ter acesso facilitado a essas informações, os profissionais da área de Ciências da Terra, viveiristas, proprietários rurais, entre outros, terão mais tranquilidade para produzir as próprias mudas para as ações de reflorestamento, reduzindo custos da aquisição e garantindo maior sucesso nos plantios para regeneração de áreas degradadas. 

Mapa intensifica política de incentivo ao uso e registro de agrotóxicos biológico

Novo produto para controle de nematóides está para ser aprovado, diz coordenador de Agrotóxicos do Mapa     
        
30/07/2013 - Devido ao apelo social e de produtores para ampliar a produção sustentável no país, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem intensificado sua política de incentivo ao uso e registro de produtos biológicos para combater pragas nas lavouras.

O mercado de agrotóxicos, que movimenta cerca de US$ 10 bilhões por ano, tem apostado cada vez mais na aquisição de defensivos sustentáveis. “Com o passar dos anos, com as pesquisas, as empresas foram desenvolvendo produtos cada vez menos tóxicos e isso foi criando o cenário que temos hoje. Estamos em busca de sustentabilidade e aos poucos estamos substituindo os produtos mais tóxicos pelos menos tóxicos, 5% dos agrotóxicos registrados no Brasil são biológicos. Nossa meta é chegar a 10% até 2015”, disse o coordenador de Agrotóxicos e Afins do Mapa, Luis Eduardo Rangel.

Segundo Rangel, um novo defensivo biológico foi apresentado aos órgãos responsáveis pelo registro de agrotóxicos no país, visando o controle de nematóides de galhas, na cultura da soja. O Mapa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), estão em processo final de avaliação do nematicida Nemat (Paecilomyces lilacinus 300g/kg). “Os três órgãos estão interessados na aprovação do defensivo, principalmente por ser menos prejudicial ao meio ambiente. Assim que registrado, poderá ser disponibilizado para os produtores”, salientou o coordenador. 

Os nematóides são responsáveis por severas perdas na produção de soja uma das culturas de maior importância econômica no Brasil. Eles estão presentes no solo e, para se alimentar, injetam substâncias tóxicas nos tecidos da planta, impedindo o seu crescimento. Luis Rangel explica que os químicos não têm sido eficientes o bastante para conter a praga. “Essa praga é um pesadelo para o agricultor, porque as áreas com a presença de nematóides normalmente são condenadas. O nematicida em avaliação é a grande esperança, pois os produtores clamam por isso há muito tempo”, disse. 

O registro de produtos biológicos é uma das prioridades do Governo Federal, de acordo com Rangel e, por este motivo, o Mapa tem trabalhado para reduzir o prazo para avaliação dos pedidos de certificação. “Se o produto for eficaz e menos tóxico, o agricultor passará a adotá-lo. Até porque além de diminuir os riscos à saúde humana e ao meio ambiente, os defensivos biológicos são mais baratos, o que diminui o custo da produção”, ressaltou.

Após tratamento com óleo de nim, fícus de BH dão primeiros sinais de reação

                          Novas folhas indicam resposta dos espécimes às medidas adotadas

Paula Sarapu
Do Estado de Minas


Quase duas semanas depois da última aplicação do inseticida orgânico óleo de nim nos fícus da Avenida Bernardo Monteiro, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste de BH, já é possível perceber que muitas folhas rebrotam nas árvores doentes, trazendo esperanças em relação ao tratamento. Os novos galhos crescem principalmente no entorno das armadilhas instaladas contra as moscas-brancas, a praga que ameaça quase 250 árvores na cidade. As placas adesivas de cor amarela, do tamanho de meia folha de papel A4, há um mês e meio funcionam como um pega-inseto e continuarão a ser usadas a longo prazo. O próximo passo é a adubação, para fortalecer o solo. Na semana que vem, os técnicos começam a coletar amostras das folhas e da terra para fazer as análises necessárias e identificar quais nutrientes estão faltando nos espécimes. A aplicação de suplementos deve começar no período de chuvas, em meados de setembro, para facilitar o processo de absorção.

Segundo o agrônomo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente Dani Sílvio, que coordena o grupo de trabalho de tratamento dos fícus, a infestação da praga já é bem baixa e a queda das folhas ocorre muito mais pelo clima seco do que pela ação das moscas-brancas. Ele considera que o tratamento foi eficaz até agora, embora não consiga garantir que as árvores estejam salvas para sempre. “Não sabemos o que vai acontecer daqui para frente, mas esses brotos representam o controle do inseto e o sucesso do tratamento”, afirmou o especialista. “Por mais transtorno que a população tenha enfrentado, o principal ganho foi a não intervenção contra a árvore. Podamos aquelas cujos galhos ofereciam risco de queda”.

Antes de iniciar a aplicação do óleo de nim, que precisou ser autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porque normalmente a substância só é usada em áreas rurais, as árvores da Avenida Bernardo Monteiro e da Avenida Barbacena receberam adubo para fortalecer as paredes das células e provocar dificuldade para que a praga conseguisse sugar o alimento. “Por isso não adiantava entrar naquele momento com a adubação de nutrientes. Como a quantidade de moscas era muito grande, o excesso de nutrientes na seiva beneficiaria muito mais o inseto e não tanto a árvore”, explicou Dani, lembrando que seis árvores da Bernardo Monteiro e oito da Barbacena não receberam tratamento porque já estavam mortas.

Aplicações devem ser estendidas

A estimativa é de que haja em Belo Horizonte cerca de 12 mil fícus, espécie marcada pelo grande porte. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente identificou 246 árvores doentes na cidade, 14 delas com indicação de corte. A maior parte das afetadas, 125, se concentra no Parque Municipal Lagoa do Nado, na Região Norte, que já recebeu a primeira dose do óleo de nim. Nas avenidas Bernardo Monteiro e Barbacena, eram previstas três aplicações do inseticida orgânico e duas de fungo entomopatogênico, que funciona como um agente de controle biológico, mas a boa resposta e a redução da quantidade de moscas- brancas permitiu diminuir o número de aplicações. Foram duas de óleo de nim e uma de fungo. No Parque Municipal, onde a infestação é muito baixa, o tratamento será feito para evitar o aumento da praga.

Segundo o agrônomo Dani Sílvio, a secretaria já identificou a doença também em árvores na Região Oeste da cidade, com infestação menor, mas que deverão receber o mesmo cuidado. “Temos um calendário de ações. Primeiro fizemos a poda daquelas que ofereciam risco, depois aplicamos o óleo e agora vamos fortalecer o solo. O monitoramento, depois disso, deverá ser constante. Não sei se as árvores serão salvas, mas o tratamento está sendo eficiente.”

Vídeo: O neem na pecuária


Preserva Mundi - O Neem na Pecuária from Tripé Filmes on Vimeo.

Revista destaca a eficácia do tratamento com nim na pecuária

A edição de julho da revista "O Zebu no Brasil", publicada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), destaca a eficiência e eficácia do uso dos produtos à base de nim na pecuária.

Clique na imagem para ler a reportagem na íntegra:




Estão abertas as inscrições para o Vegfest, maior evento vegano do Brasil

De 25 a 29 de setembro, acontece em Curitiba o Vegfest – IV Congresso Vegetariano Brasileiro, promovido pela Sociedade Vegetariana Brasileira. As inscrições já estão abertas e as vagas são limitadas. Com palestras, oficinas e demonstrações culinárias, o evento atrai adeptos e interessados em saber mais sobre o universo vegano de várias partes do Brasil e da América Latina.

O Vegfest também contará com a feira vegana, em que serão expostos cosméticos, alimentos, itens de vestuário, além de produtos informativos da SVB – Sociedade Vegetariana Brasileira. Os três primeiros dias acontecem na UFPR - Setor de Agrárias e, nos dois últimos dias, o evento encerra a programação no Mercado Municipal – Setor de Orgânicos, com aulas show de culinária vegana, apresentações culturais, além das palestras com especialistas, profissionais da área da saúde, ética e direito animal, ambientalistas, vegetarianos e veganos de todo o país.

As inscrições custam R$ 240, mas têm desconto se feitas até o dia 31 de agosto. Filiados à SVB, estudantes com comprovação, menores de 12 anos ou maiores de 60 pagam meia entrada. É possível também adquirir no ato da inscrição almoço vegano para os três primeiros dias do evento.

Serviço:

Vegfest – IV Congresso Vegetariano Brasileiro
De 25 a 27 de setembro, no Setor de Agrárias da UFPR (Rua dos Funcionários, 1540) – Apenas para inscritos.
Dias 28 e 29 de setembro, no Setor de Orgânicos do Mercado Municipal (Av. Sete de Setembro, 1865) – Aberto ao público.
As inscrições custam a partir de R$ 100 (meia) até dia 31 de agosto. Após esta data, a partir de R$ 120 (meia).
Informações e inscrições: www.vegfest.com.br e vegfest@svb.org.br . 

Produtos da Preserva Mundi no Programa Ecofidelidade



Desde o começo de julho, dez produtos naturais fabricados pela fazenda Preserva Mundi fazem parte do Programa de Vantagens Ecofidelidade, dedicado ao consumo de produtos e serviços que apresentem menor impacto ambiental e/ou benefícios sociais.

O objetivo do programa é, através de critérios pré-determinados e avaliação, selecionar as empresas que realmente atendem a proposta: “oferecer produtos e serviços que agregam benefícios sustentáveis”. 

Estão catalogados no programa:

No segmento 'Alimentos & Bebidas', três produtos: chá de neem, chá de noni e o suco de noni;

No segmento 'Economia doméstica', são quatro: sabonete de neem para uso animal, repelente natural pronto para uso em animais e jardins, repelente natural concentrado para uso em animais e jardins e o repelente de neem em sachês;

E três na seção 'Higiene e cuidados pessoais': sabonete de neem para humanos, óleo de andiroba e o repelente de neem para uso humano.

Para se tornar participante, o interessado deverá aderir ao Programa Ecofidelidade através da inscrição por meio da internet no site www.ecofidelidade.com.br .

A adesão ao Programa Ecofidelidade deverá ser realizada através do preenchimento do cadastro eletrônico, criando o respectivo login e senha pessoal para administração da sua conta.

Para saber mais, acesse: http://www.ecofidelidade.com.br/regrasdoprograma.aspx

Preserva Mundi leva novidades para a Biobrazil Fair



A fazenda Preserva Mundi será uma dos expositoras do BioBrazil Fair/BioFach, importante feira de produtos orgânicos e sustentáveis da América Latina, que acontece de 27 a 30 de junho, em São Paulo.

Os dois primeiros dias serão dedicados somente aos profissionais da área e o final de semana voltado para o consumidor, com entrada grátis. Na oportunidade, a Preserva lançará a nova identidade visual dos seus produtos e seu novo catálogo. Veja a lista completa clicando aqui.

Em razão da parceira com o Centro de Inteligência (CI) em Orgânicos, um projeto da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) com apoio do Sebrae, os produtos da fazenda estarão expostos no estande que fica na esquina da RUA C com a RUA 2.

Sobre a Feira

A BioBrazil Fair/BioFach América Latina é a feira brasileira de negócios que reúne os principais produtores, fabricantes, distribuidores e importadores do mundo orgânico.

Agora em parceria com a BioFach – maior evento do setor no mundo – e presente no calendário internacional de feiras dedicadas aos orgânicos, oferece 4 dias de evento para geração de negócios, atualização profissional e troca de informações.

Serviço

Data : 27 a 30 de JUNHO de 2013
Horários: de 27 a 29 das 11 às 20 horas/ dia 30 das 11 às 19 horas
Pavilhão da Bienal do Ibirapuera
Parque do Ibirapuera, portão 3
São Paulo – SP – Brasil

Sobre a Preserva Mundi

Localizada na cidade de São João de Pirabas (PA), a cerca de 200 km de Belém, a fazenda Preserva Mundi cultiva, há sete anos, uma plantação orgânica com mais de 160 mil árvores de Nim. Dentro de um modelo de negócios vertical, a empresa também industrializa os produtos derivados da planta. Produz também produtos naturais e orgânicos a base de noni (Morinda citrifolia) e óleos amazônicos.


Belo Horizonte usará óleo de nim para salvar os fícus do centro histórico


 
Óleo de nim, que deu certo em outras áreas, foi aplicado ontem em 50 árvores doentes da Avenida Barbacena

Clarisse Souza, do Estado de Minas

Depois de uma série de testes em folhas e árvores de pequeno porte, o inseticida orgânico óleo de nim começou a ser aplicado nessa seguna-feira em 50 fícus doentes na Avenida Barbacena, no Bairro Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, por agentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). Desfolhadas, com galhos e troncos secos, as árvores sofrem há meses a infestação da mosca-branca-do-fícus (Singhiella sp.), praga milimétrica que suga a seiva da planta e pode causar a morte do espécime. Na semana que vem, o tratamento será intensificado com a pulverização de um fungo patogênico que, segundo a secretaria, é capaz de colonizar e matar o inseto.

A aplicação do inseticida é a primeira ação de controle da mosca-branca desde que a praga foi detectada nos fícus na capital. Até a semana passada, só haviam sido feitos testes para comprovar a eficácia do óleo de nim e do fungo Beauveria bassiana. Os experimentos se concentraram principalmente nos exemplares atacados na praça da Catedral da Boa Viagem, no Funcionários. Na sexta-feira, foi feita uma avaliação dos resultados, que comprovou a eficácia do óleo nas árvores doentes. Segundo o engenheiro agrônomo Dany Sílvio Amaral, da SMMA, antes da aplicação do inseticida,foram detectadas uma média de 16 ninfas da mosca (etapa anterior à fase adulta) em cada folha. Depois de duas pulverizações do inseticida, feitas em um intervalo de 15 dias, esse número caiu para 0,3.

Nessa segunda-feira, a pedido da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, a BHTrans bloqueou a Avenida Barbacena entre a Avenida Augusto de Lima e a Rua dos Timbiras. Um caminhão equipado com um atomizador começou o trabalho de pulverização das copas e do terço superior dos troncos dos fícus. O óleo atua principalmente contra os insetos jovens, que têm o crescimento prejudicado pelo inseticida e acabam morrendo antes de atingir a fase adulta. O trabalho na Barbacena será realizado até sexta-feira e a previsão é de que todas as árvores afetadas no Barro Preto, na Catedral da Boa Viagem e na Avenida Bernardo Monteiro, na região hospitalar, sejam tratadas até agosto.

Outra forma de controle que se mostrou eficaz foi o uso de adesivos amarelos presos ao tronco dos fícus. A cor atrai as moscas, que ficam presas e morrem, já que não podem se alimentar. As placas já estão sendo usadas nas árvores no Barro Preto e devem contribuir para a redução da população da praga.

A infestação já matou pelo menos 13 fícus em Belo Horizonte. A ação da praga sugadora atingiu os galhos e troncos de cinco árvores na Avenida Barbacena e oito na Avenida Bernardo Monteiro. Segundo o engenheiro agrônomo da SMMA, elas foram podadas devido ao risco de queda. Dany Sílvio garante, no entanto, que nenhum fícus será cortado. Ambientalistas que defendem a preservação dos espécimes continuam a questionar as podas. Ontem, uma das árvores da Barbacena foi usada para protestar. Uma pessoa não identificada fez uma colagem simulando a marcação de corte do tronco da árvore e deixou a frase: “Corte aqui, se não tem amor à vida”.

A integrante do movimento Fica Fícus, Patrícia Caristo afirma que o grupo vai continuar fazendo avaliações paralelas para evitar podas desnecessárias. “Não concordamos com a forma como a prefeitura tem lidado com o problema. Acreditamos que a poda fragiliza as árvores antigas e está aumentando o risco de morte”, afirma. No sábado, o movimento vai realizar mais um Piquenique do Fica-Fícus”, na Avenida Bernardo Monteiro, para cobrar agilidade no tratamento da espécie.

Saiba mais

UMA PRAGA MILIMÉTRICA

Os primeiros exemplares da mosca-branca-do-fícus foram detectados nas árvores de BH em julho do ano passado. A praga milimétrica atingiu espécies nas regionais Leste e Centro-Sul, o que fez com que a prefeitura criasse uma comissão especial, formada por profissionais da SMMA, Defesa Civil e outros órgãos, para encontrar uma solução para o problema. Podas preventivas foram realizadas nos primeiros meses do ano, mas a demora para a liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do uso do óleo de nim acabou atrasando o tratamento. Em abril, o Ministério Público estadual chegou a entrar na discussão e cobrou esclarecimento sobre os critérios utilizados para a realização das podas e possíveis supressões.

Campo brasileiro lidera uso de agrotóxicos

DCI - Diário do Comércio & Indústria

O ritmo de expansão do agronegócio brasileiro levou o País a se tornar o maior mercado de defensivos agrícolas para gigantes químicas do mundo. Empresas como alemã Basf e a norte-americana DuPont viram seus mercados locais cederem espaço ao Brasil, que passou ao topo da lista na demanda de defensivos com expansão de 14% no ano passado e receita de US$ 9,71 bilhões. O País chegou também ao segundo lugar para a Monsanto e sobe entre os cinco maiores mercados globais da Syngenta e da Bayer. No caso da Basf, o Brasil tomou o primeiro lugar dos Estados Unidos em 2012.

Nos últimos três anos, o consumo de produtos de combate a pragas nas fazendas brasileiras teve um aumento médio de 13% em termos de receita e este ano deve crescer na casa de um dígito.

O aumento do manejo agregado alta tecnologia no campo tem garantido ao Brasil recordes de produtividade e a cadeia do agronegócio já representa cerca de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Esse ritmo expandiu a capitalização de produtores rurais e aumentou seu potencial de investimento na proteção de suas lavouras.

Com a perspectiva de mais uma safra recorde este ano, as multinacionais químicas têm direcionado a maior parte de seus investimentos em pesquisa para o mercado brasileiro. A Monsanto, que já realiza toda a produção de glifosato em Camaçari (BA), investirá nesta unidade mais R$ 47,6 milhões nos próximos cinco anos para aumentar a eficiência produtiva. "Grande parte das soluções de pesquisa vem para o Brasil", afirma o Rogério Andrade, da proteção de cultivos da Monsanto. Já a DuPont programa lançar ao menos dois novos produtos por ano no País. A Basf projeta tornar sua unidade de fungicida no Brasil em uma base de exportação do produto para o mundo.

Preserva Mundi é destaque na revista Agro DBO

Preserva Mundi apoia ação de reflorestamento na Serra do Gandarela-MG


Redação, com Guest Post de Thaís Alessandra. Foto: Luciano Lima.

A fazenda Preserva Mundi é mais uma apoiadora da campanha Plante uma Árvore no Gandarela, iniciativa da Floricultura Ikebana Flores, conduzida pela publicitária Thaís Alessandra do Coletivo Cirandar.  A iniciativa pretende plantar mudas típicas (Ipê Amarelo, Ipê Branco, Jacarandá, mudas frutíferas e mudas características da região) do cerrado nas áreas mais devastadas do Gandarela, em nome de todos que divulgarem a campanha através de sites ou redes sociais. As ações do plantio serão noticiadas no site da Ikebana Flores.

Localizada entre a Serra do Curral e a Serra do Caraça, há 40km de Belo Horizonte – MG, Gandarela tem uma ampla diversidade: vegetação rupestre, canga e biomas de Mata Atlântica.

Por ser considerada uma das últimas reservas de Quadrilátero Ferrífero, a Serra do Gandarela está ameaçada por atividades mineradas. Além disso, a região abriga um amplo manancial de água potável: Bacias do Rio das Velhas e São Francisco, Rio Piracicaba e Doce.

Durante a campanha, a floricultura distribuirá gratuitamente mudas típicas do cerrado (ipê branco, ipê amarelo, sucupira, entre outras.) a quem se interessar. Para pegar uma muda, basta comparecer de segunda-feira a sexta-feira, de 10h00 as 19h00, na Av. Getúlio Vargas, 1697, Savassi – Belo Horizonte-MG. O telefone é (31) 3227-4802.

Clique e conheça mais sobre a Ikebana Flores BH que está divulgando a campanha PLANTE UMA ÁRVORE NO GANDARELA

Professores universitários conhecem sistema produtivo da fazenda do neem

Redação

Os professores Ivan Fernandes Martins, da UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia, e César Auguste Badji, da UAG/UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco visitaram, na última semana, a fazenda Preserva Mundi, ou "Fazenda do neem." Os docentes percorreram as instalações locais com o objetivo de observar o processo de produção, coleta e beneficiamento da fazenda.

Para Ivan Martins, que trabalha com controle ecológico de pragas, a exploração de culturas não convencionais aliada à filosofia de produção é o ponto de destaque da Fazenda do neem.

"A Preserva Mundi juntou a filosofia de produção sustentável com produtos não convencionais e a dedicação de pessoas preocupadas com a qualidade de vida", afirma.

Martins destacou também a criação de Pirarucu. "É muito interessante, estes peixes que eu só conhecia de prateleira e em matérias de pesca exploratória. Espero realizar parcerias em estudos e levar meus alunos da universidade", finaliza.

Veja imagens da Preserva Mundi em fotos tiradas pelos pesquisadores:






Depoimentos de clientes da Preserva Mundi sobre tratamento com nim

A proposta deste post é inaugurarmos uma sessão com depoimentos de pessoas que aderiram aos diferentes tratamentos à base de nim, feito com produtos fabricados pela Fazenda Preserva Mundi.

Para começar, um depoimento sobre o uso do pó de nim na pecuária:

Geraldo Teofilo Labbate Marques <teofilomarques@hotmail.com>

Olá Romina, tudo bem?
Já estou usando seu produto há mais ou menos dois meses e ontem estive na fazenda e pude observar que já está dando resultado, o gado está limpo sem moscas e bernes e meu administrador observou que eles estão mais calmos e tranquilos será que tem a ver?
Gostaria que  me enviasse mais 10 K. pois só tenho mais 2K e não gostaria de interromper o tratamento.
Obrigado; Abraços
Obs. Meu endereço vc já tem, se precisar eu mando de novo tá?



Ps. Todos as postagens são feitas com a permissão dos remetentes.







Óleo de nim é a esperança para salvar figueiras de Belo Horizonte

Do site do Estado de Minas - www.em.com.br

Os fícus (espécie de figueiras) ameaçados por praga em bairros de Belo Horizonte/MG acabam de ganhar esperança de sobrevivência. O resultado dos testes feitos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) para combater a mosca-branca-dos-fícus (Singhiella sp.) mostram que o inseticida orgânico óleo de nim teve alta eficiência e é o mais indicado no tratamento das árvores doentes. Mas o uso do óleo ainda esbarra na liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ainda não aprovou pedido da prefeitura para aplicar o inseticida em áreas urbanas.

O óleo de nim, que além de matar insetos funciona como repelente natural, é bastante usado na agricultura, sendo autorizado apenas em ambientes rurais. Ao decretar, há um mês, situação de emergência, o objetivo da prefeitura era acelerar procedimentos em órgãos federais, como a Anvisa. Apesar disso, ainda não há retorno sobre a posição da agência nacional. Em declarações à imprensa, técnicos da secretaria já disseram ser “bastante baixo” o risco do uso do óleo de nim na cidade.

Nos experimentos da SMMA, o produto conseguiu matar 97,5% das ninfas – fase jovem do inseto – e até mesmo moscas adultas. Ou seja, apenas 2,5% sobreviveram. Nos testes com um fungo, 9% das ninfas sobreviveram.

Outra novidade em relação às árvores é que o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural negou pedido da SMMA para fazer podas e supressões nos fícus sem a análise prévia do órgão. As árvores são protegidas pelo patrimônio municipal.

Identificada inicialmente na Avenida Bernardo Monteiro, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste de BH, a mosca-branca-dos-fícus já ameaça quase 250 árvores que integram a paisagem histórica da cidade. A maior parte se concentra na Bernardo Monteiro, na Avenida Barbacena, no Santo Agostinho, Região Centro-Sul, e no Parque Municipal Lagoa do Nado, na Região Norte. No início do mês, a prefeitura fez a poda radical de 19 exemplares, cujos galhos ameaçavam cair na Avenida Barbacena. A estimativa é de que existam em BH cerca de 12 mil fícus, espécie de grande porte.


Preserva Mundi no Vimeo

No vídeo abaixo, a diretora comercial da Preserva Mundi, Romina Lindemann, conta um pouco da história da Fazenda, que começou com o estudo sobre a árvore indiana nim.

Segundo Lindemann, a Preserva Mundi nasceu do desejo de comercializar produtos com impacto positivo para o meio ambiente.


Preserva Mundi - Propósito from Tripé Filmes on Vimeo.

Transgênicos matam mais e causam até três vezes mais câncer em ratos, diz estudo

Do UOL, em São Paulo

Ratos alimentados com alimentos transgênicos morrem antes do previsto e sofrem de câncer com mais frequência do que os outros animais da espécie, destaca um estudo publicado nesta quarta-feira (19) pela revista Food and Chemical Toxicology.

"Os resultados são alarmantes. Observamos, por exemplo, uma mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com organismos geneticamente modificados [OGM]. Há entre duas e três vezes mais tumores nos ratos tratados dos dois sexos", explicou Gilles-Eric Seralini, coordenador do estudo e professor da Universidade de Caen, na França.

Para fazer a pesquisa de dois anos, 200 ratos foram divididos em grupos e alimentados de maneiras diferentes. Eles seguiram proporções equivalentes ao regime alimentar nos Estados Unidos. O primeiro grupo teve 11% de sua dieta composta pelo milho OGM NK603; o segundo comeu também 11% do milho OGM NK603 tratado com Roundup, o herbicida mais usado no mundo; e o terceiro foi alimentado com milho não alterado geneticamente, mas tomava água com doses de Roundup usadas nas plantações.

O milho transgênico (NK603) e o herbicida são produtos do grupo americano Monsanto, comercializados em vários países. No Brasil, amostras foram aprovadas em setembro de 2008 pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e, no começo de 2009, o Ministério da Agricultura aprovou o registro de doze híbridos de milho com a tecnologia Roundup. O certificado de biossegurança foi aprovado pela comissão em novembro de 2010.

Segundo o estudo francês, 50% dos machos e 70% das fêmeas dos três grupos morreram prematuramente, contra 30% e 20%, respectivamente, do grupo de controle. Os tumores na pele e nos rins aparecem até 600 dias antes nos machos do que no grupo de controle. No caso das fêmeas, os tumores nas glândulas mamárias aparecem uma média de 94 dias antes naquelas alimentadas com transgênicos. A hipófise foi o segundo órgão que mais sofreu alterações prejudiciais no período de testes – é ela quem produz hormônios importantes para o organismo, o que a torna a glândula principal do sistema nervoso.

"Os resultados revelam uma mortalidade muito mais rápida e importante durante o consumo dos produtos", afirmou Seralini, cientista que integra comissões oficiais sobre os alimentos transgênicos em diversos países. “O primeiro rato macho alimentado com OGM morreu um ano antes do rato indicador (que não se alimenta com OGM). A primeira fêmea oito meses antes. No 17º mês foram observados cinco vezes mais machos mortos alimentados com milho OGM”, explica o cientista.

"Pela primeira vez no mundo, um transgênico e um pesticida foram estudados por seu impacto na saúde a mais longo prazo do que haviam feito até agora as agências de saúde, os governos e as indústrias", disse o coordenador do estudo.

Séralini faz parte de um grupo, o Criigen, que faz uma série de pesquisa sobre segurança de alimentos. Em dezembro de 2009, ele publicou um estudo com ratos alimentados com os três principais tipos de milhos transgênicos, tanto administrados em rações de animais quanto vendidos para humanos. As amostras dos milhos NK603, MON810, MON863, da Monsanto, causaram danos sérios nos rins e nos fígados das cobaias, além de outros efeitos notados no coração, em glândulas supra-renais e no baço. (Com informações de agências internacionais)

Preserva Mundi na XIX edição da Semana de Meio Ambiente da PUC-Rio

A fazenda Preserva Mundi participa da XIX edição da Semana de Meio Ambiente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), entre os dias 3 e 7 de junho de 2013.

O evento, organizado por alunos de graduação e professores da própria universidade, além de membros do NIMA (Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente), acontecerá na sede da instituição.

O objetivo é formular ações relacionadas à agenda ambiental da universidade e promover a integração da comunidade científica com organizações da sociedade civil através de workshops, exposições e palestras/debates com profissionais de diversas áreas.

A diretora-executiva da Preserva Mundi, Romina Lindemann, será uma das palestrantes. Ela apresentará no dia 05, a partir das 11h30, o modo de produção sustentável e os produtos feitos à base de neem e noni pela Preserva.

Para mais informações, acesse: http://www.nima.puc-rio.br/index.php/pt/todas-as-notas/3820-xix-semana-de-meio-ambiente

Abaixo-assinado contra agrotóxicos será entregue a Dilma Rousseff nesta quarta

Campanha quer o fim da importação, produção e comercialização do endosulfan, cihexatina e metamidofós, proibidos em outros países.

Por Cida de Oliveira, Rede Brasil Atual
São Paulo – A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida vai entregar hoje (10), em Brasília, um abaixo-assinado pela proibição imediata no país de toda importação, produção e comercialização de agrotóxicos e substancias já proibidas em outros países. São eles o endosulfan (banido em 45 países), a cihexatina (proibida na União Europeia, na Austrália, Canadá, Estados Unidos, China, Japão, Líbia, Paquistão e Tailândia), e metamidofós (vetados, por exemplo, na União Europeia, China, Índia, e Indonésia).

Todos são altamente tóxicos. Segundo estudos, causam danos ambientais e à saúde humana, provocando má formação de fetos, problemas reprodutivos, infertilidade, alterações neurológicas e no fígado, desregulação hormonal, cegueira, paralisia, depressão e ainda contribuem para o aparecimento de diversos tipos de câncer. Esses venenos atingem os agricultores rurais, moradores das regiões próximas às lavouras e a população em geral, que consome esses alimentos contaminados. Recentemente, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) publicou um dossiê virtual que alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde.

 "As mesmas empresas que em seus países de origem acatam a proibição do veneno que produzem, empurram para cá o que lá não podem vender e ainda fazem pressão contra a proibição desses produtos", disse o agricultor Cleber Folgado, da coordenação da campanha.

Segundo ele, pelo sexto ano consecutivo o Brasil lidera o ranking mundial dos maiores consumidores de agrotóxicos. Em 2010, foram comercializados no país  mais de 1 milhão de toneladas, o equivalente a cinco quilos do veneno por habitante. A triste liderança começou entre 2001 e 2008, quando as vendas passaram de US$ 2 bilhões para mais de US$ 7 bilhões. No mesmo período, a área cultivada por alimentos aumentou só 4,59%.

 A coordenação da campanha pretende entregar as mais de 40 mil assinaturas aos componentes da mesa de abertura de seminário que discutirá os avanços e desafios da agricultura familiar nos últimos dez anos. "Queremos chamar a atenção para o fato de que um país que avança em políticas para a agroecologia não pode conviver com venenos proibidos em diversos países", disse Folgado. Conforme ele, o banimento de produtos já banidos no exterior é um primeiro passo para o banimento de todo agrotóxico.

Desde 2011, a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida trabalha pela sensibilização da sociedade para os riscos desses produtos e em busca de medidas para banir o uso. Dela participam 50 entidades, entre as quais a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o Instituto Nacional do Câncer (Inca), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), as universidades Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do Ceará (UFC), Via Campesina, movimentos dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e Atingidos por Barragens (MAB), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Conselho Federal de Nutricionistas e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).


Folha abre inscrições para prêmios socioambientais

Patricia Veiga
Editora do Empreendedor Social


Estão abertas as inscrições para o principal concurso de empreendedorismo socioambiental da América Latina, o Prêmio Empreendedor Social, e para o Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro.

O primeiro, realizado pela Folha em parceria com a Fundação Schwab (correalizadora do Fórum Econômico Mundial de Davos), é aberto a emprendedores maiores de 18 anos que desenvolvam, há no mínimo três anos, iniciativas inovadoras, sustentáveis e que comprovadamente beneficiem pessoas em situação de risco social e/ou ambiental.

O segundo é dirigido a jovens de 18 a 35 anos de idade, que liderem organizações criadas há no mínimo um ano e no máximo três anos e precisem de visibilidade e capacitação para aumentar seu impacto social.

Podem participar líderes de cooperativas, negócios sociais e organizações da sociedade civil, de todas as regiões do Brasil.

Inscreva-se aqui - http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/inscricao.shtml
   
Os finalistas ganham projeção nacional e internacional, reforçada pelo alto nível de qualificação dos concorrentes e pela rede de contatos oferecida pelos 35 parceiros, pela Rede Folha de Empreendedores Socioambientais e pela Rede Schwab de Empreendedores Sociais.

Com isso, podem aprimorar, em seus projetos, os resultados de sustentabilidade, impacto social, influência em políticas públicas, alcance, abrangência e capacidade de expansão.

"Como uma pedra que, atirada no lago, gera ondas, o impacto de ser a Empreendedora Social tem se desdobrado em inúmeras oportunidades de ampliação e fortalecimento do trabalho do Instituto Chapada", afirma Cybele Oliveira, vencedora de 2012. Entre elas, a educadora cita o convite do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), para estudar a transformação em política pública de seu projeto, que apoia a formação continuada de educadores e gestores educacionais.

"Além de conquistar novos parceiros institucionais, temos sido procurados por educadores de todo o Brasil, que querem se aproximar da nossa rede por acreditar, como nós acreditamos, que o engajamento é fundamental para o desenvolvimento da educação que queremos em nosso país", completa.

RECORDE

Com 2.117 inscritos de 2005 a 2012, o Empreendedor Social é recordista de inscrições do concurso promovido mundialmente pela Fundação Schwab. Desde 2006, o Brasil está à frente da China, dos EUA e da Índia.

"As iniciativas impactantes apresentadas pelos finalistas brasileiros são grandes exemplos de inovação social. Por isso nosso conselho vai considerar a inclusão dos três finalistas mais bem avaliados em nossa rede, hoje com 256 líderes de 61 países", afirma David Aikman, diretor da Fundação Schwab.

Isso significa que não apenas um, mas três empreendedores poderão ter acesso aos fóruns econômicos regionais e mundial, a serviços jurídicos internacionais e a bolsas de estudo nas universidades Harvard, Insead (França) e Stanford.

"Com uma seleção rigorosa e que submete todos os finalistas aos padrões de investigação jornalística da Folha, o Empreendedor Social consolida-se como a mais transformadora premiação socioambiental do país", diz Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha.

Fernando Botelho, sociólogo vencedor do Empreendedor Social de Futuro 2012, concorda. Criador do F123, software que simplifica a inclusão digital de deficientes visuais, ele diz que "o prêmio deu um nível de visibilidade e credibilidade que acelerou dramaticamente o nosso desenvolvimento".

Segundo ele, organizações, voluntários e famílias de pessoas com deficiência de todo o Brasil têm se aproximado do F123, "querendo participar desse movimento em prol da educação e do emprego de pessoas com cegueira ou baixa visão".

MENÇÃO HONROSA


Finalistas de 2013 e integrantes da Rede Folha (que reúne 57 empreendedores que chegaram à final de 2005 a 2012) poderão concorrer à Menção Honrosa do Ano Internacional de Cooperação pela Água das Nações Unidas.

A categoria, que estreia neste ano, premiará o empreendedor socioambiental que tenha o projeto com maior alinhamento à temática e aos objetivos do ano internacional.

O vencedor receberá do Instituto Humanitare consultoria em gestão, planejamento e captação de recursos para potencializar seu projeto, incluindo uma visita à sede da ONU, oportunidade em que terá acesso a informações para apoio técnico.

"Queremos estimular saberes e projetos que cuidem do que temos de maior valor no Brasil, a vida", afirma Sheila Pimentel, presidente do Instituto Humanitare, responsável por aproximar sociedade civil, organizações empresariais, academia e mídia com a ONU (Organização das Nações Unidas).

Mapa interativo mostra localização de feiras orgânicas no país

Thais Leitão, da Agência Brasil

Para estimular as famílias brasileiras a adotarem uma alimentação mais saudável, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou um mapa com a localização das feiras orgânicas no país. Por meio da ferramenta é possível saber os dias e horários de funcionamento e os produtos que são comercializados.

De acordo com o pesquisador do Idec, João Paulo Amaral, estão cadastradas 140 feiras em diversos estados e o número tende a aumentar com a maior divulgação do serviço, já que os consumidores também podem enviar informações sobre os locais de venda desses produtos. Após checados os dados, eles são acrescentados ao mapa.

“Com a ferramenta, as pessoas encontrarão facilmente as feiras orgânicas que existem próximo a elas. Ao mesmo tempo, fará com que mais feiras sejam descobertas pelos próprios visitantes do site. É um serviço interativo que estimula uma prática saudável e sustentável”, disse.

Amaral destacou que o mapa também vai ajudar a fortalecer as economias locais, “na medida em que as vendas são feitas pelos produtores, em uma comercialização direta”.

Um levantamento feito este ano pelo Idec com cerca de 500 internautas apontou que 23% deles optariam por orgânicos se houvesse mais feiras especializadas perto de suas casas. Além disso, 70% consumiriam mais alimentos orgânicos se fossem mais baratos.

O pesquisador do Idec enfatizou que, com a divulgação das feiras, há ganhos em relação a essas duas questões, porque os preços dos orgânicos nas feiras costumam ser menores do que nos supermercados. “Fizemos uma pesquisa que indicou que a diferença nos preços dos orgânicos pode chegar a 400% entre os dois tipos de comércio”, acrescentou.

A funcionária pública Gabriela Gonçalves, 27 anos, compra produtos orgânicos semanalmente em uma feira em Brasília. Embora seus gastos tenham aumentado desde que resolveu consumir apenas verduras, legumes e frutas certificados, ela diz que não se arrepende.

“É uma prática muito saudável. Não sei exatamente quanto eu gasto a mais por isso, mas vale a pena porque os produtos são sempre fresquinhos e mais saborosos. Tenho certeza que estou comendo com qualidade, alimentos que não têm agrotóxico”, disse ela, para quem a ida à feira já virou um compromisso.

“Vou toda quinta-feira, sem falta, e ainda tenho a oportunidade de conhecer, conversar e trocar informações com os produtores rurais, já que na feira são eles mesmos que vendem seus produtos. É uma delícia de programa”, acrescentou.

De acordo com o diretor secretário da Associação Brasileira da Agricultura Familiar Orgânica, Agroecológica e Agroextrativista (Abrabio), Marcos Macedo, a prática é saudável não apenas para os consumidores, mas também para quem produz.

“Além de ficarem a salvo de veneno, já que não utilizam agrotóxicos, os produtores orgânicos têm um forte incentivo para se fixarem no campo, que é o preço. Por meio dos programas de compra do governo, por exemplo, recebemos 30% a mais por nossos produtos do que os produtores de itens convencionais. É uma vantagem que faz diferença para o homem do campo”, enfatizou Macedo, que produz, anualmente, 20 mil litros de cachaça orgânica no município de Arealva (SP).



Universidade do Mississipi e Embrapa estudam estratégias de descobrimento de novos pesticidas naturais

Embrapa

A Universidade do Mississipi, pelo Programa Ciência sem Fronteiras e os Laboratórios de Microbiologia Ambiental e de Química da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) iniciaram em 2013 um projeto que irá desenvolver novos pesticidas naturais ou mesmo medicamentos.

Conforme Antonio Cerdeira, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e participante do projeto, depois de coletar plantas, raízes e até o solo, esse material é fotografado e identificado e segue para o laboratório para análise.

Como exemplo, Cerdeira cita o descobrimento de uma planta usada para produção de medicamentos contra leucemia pela Universidade de Mississipi.

“Esse remédio é extraído de uma planta da Índia e como resultado do trabalho da Universidade, foi descoberta uma espécie relativa do mesmo gênero, que, extraída nos EUA, mostrou possuir esse mesmo composto, o podofilotoxina”.

“Além disso, foi descoberto também que esse composto está na folha dessa planta. A equipe, então, desenvolveu meios de cultura de tecido eficiente de reprodução para conseguir o composto específico, sem danificar a natureza”.

Nessa parceria com a Embrapa, há também um estudo desenvolvido pela doutoranda Suikinai Nobre, orientada por Itamar Melo, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, que busca na Caatinga compostos em micro-organismos (fungos e bactérias) endofíticos similares ao de uma planta da África que já demonstrou ser eficiente para tratar alguns tipos de cânceres.

A diversidade genética dos ecossistemas tem sido usada para solucionar problemas na área da saúde, da agricultura e do meio ambiente”, diz Suikinai. “Deve-se lembrar que a Caatinga é um bioma exclusivo do Brasil, não existindo em nenhum outro lugar espécies tão distintas , adaptadas ao estresse hídrico, intensa radiação solar e altas temperaturas e praticamente intocado quanto a descoberta de produtos biologicamente ativos”.

Depois de avaliar plantas do gênero Combretum, a estudante constatou que a planta brasileira, que pode ser encontrada em cinco estados da região do semiárido (Bahia, Piauí, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte) não produz o mesmo composto da planta-irmã da África, mas produz outras substâncias e compostos que também apresentam atividade anti-câncer. “Interessantemente, fungos endofíticos associados a essas plantas demonstraram ser potentes produtores se substâncias anticancerígenas. As pesquisas foram impulsionadas pela descoberta de possíveis novos compostos com tais propriedades, além de que muitos desses fungos isolados também apresentam atividade antifungicida”, explica Melo.

E em 14 de março foi discutido na Embrapa o uso de sistema de informação geográfica (SIG) para a domesticação e conservação de plantas medicinais sobre o estudo da Mayapple Americana. Esse seminário apresentou a experiência da Professora Rita Moraes, da Universidade do Mississipi, sobre a criação de um banco de dados de Podophyllum peltatum germoplasma com rendimento de drogas no Mississippi para a utilização racional dos nossos recursos naturais.

A distribuição in situ da Mayapple Americana (Podophyllum peltatum L.) foi estudada por meio do SIG com o objetivo de desenvolver um método para analisar fatores bióticos e abióticos que influenciam o rendimento de drogas e mapear os genótipos de elite para a propagação e melhoramento.

A avaliação de campo usou um procedimento padrão, incluindo coordenadas geográficas de cada coleta, a massa de folhas colhidas aleatoriamente, identificação de espécies associados, a coleta de material de herbário, amostra de solo e imagens digitais dos locais. Ao sobrepor dados morfológicos e químicos com informações geomorfológicas, um mapa temático foi criado para localizar os acessos ricos em podofilotoxina com as particularidades de cada local.

Portanto, atividades e protocolos semelhantes aos destes exemplos estão sendo desenvolvidos nesse projeto de cooperação.

Como o repelente natural da Preserva Mundi salvou minha pele

Por Richard Brownsdon, do blog Inspiring Adventures

Falar sobre sorte. Estou muito grato por ter encontrado a Romina Lindemann no Rio de Janeiro. Romina gerencia de forma sustentável a fazenda Preserva Mundi e vende produtos naturais como o Neem e o Noni. Devo admitir que eu nunca tinha ouvido falar de nenhum deles. Romina explica mais no vídeo abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=Ynh86TuvJ7c&feature=player_embedded

Romina explicou como as propriedades da árvore Neem são usadas principalmente na agropecuária, e no uso pessoal. Ele auxilia a luta do gado contra doenças. Ao ser ingerido, o Neem ajuda a digestão e suas propriedades atrapalham a reprodução dos insetos, inclusive no esterco do gado. Muito bom.

Está provado também que o neem ajuda o crescimento e desenvolvimento de raízes das plantas, aumentando a produtividade das culturas sem produtos químicos. Obviamente, as grandes empresas multinacionais agroquímicas não gostam disso.



Os seres humanos podem usar como sabonete, repelente, ou tomar algumas gotas do óleo todos os dias, para uma digestão saudável (assim como as vacas).

Romina me convidou para conhecer a fazenda onde são produzidos os produtos, próximo à cidade de Belém (PA), na região amazônica, no norte do Brasil. Lá, conheci o pai de Romina, Sergio, que me levou para um passeio pela fazenda.

A fazenda também produz Noni, um superalimento saudável para ser consumido diariamente. Sergio toma um pouco a cada manhã, assim como, as três gotas de óleo de Neem.


Além dessas plantas, a fazenda cria piraricu - um dos maiores peixes de água doce do mundo. Este peixe pré-histórico engorda 12 kg ao ano, e Sergio tem visto a demanda crescer devido a proteína de alta qualidade. Como o mundo vai para alimentar 10 bilhões de pessoas? Piscicultura de forma sustentável é um caminho.


Antes de partir da fazenda, me deram um par de amostras dos produtos. Óleo de neem, repelente e sabonete. Eu sou tão sortudo - uma semana depois, cheguei no Pantanal, na estação chuvosa. Um céu de mosquito.

Cobri-me no repelente todos os dias, e ele trabalhou como nunca. Não houve mordidas nas áreas pulverizadas com  o neem. Ao todo, nas mais densas nuvens de mosquitos, o repelente me manteve protegido.

Alguns de vocês talvez estejam pensando que somente insticidas convencionais (Deet) funcionam, eu tinha um spray Deet também. Deet funciona mas é uma coisa forte, e isso não é bom para a nossa pele.

Foi muito bom ter um produto natural em mãos, assim, eu poderia me cobrir pela manhã ou depois de tomar um banho, e não sentir de imediato o despejo de substâncias tóxicas. Eu recomendo que você leve algum um repelente natural de nim, da próxima vez que se dirigir para o território do mosquito. Eu posso salvar a sua pele também. Obrigado, Preserva Mundi!

Nim auxilia o controle da fusariose na produção de mudas

Por Romina Lindemann, diretora-executiva da Fazenda Preserva Mundi – www.preservamundi.com.br
 
A
zadirachta Indica pode soar um pouco estranho para alguns, mas este é nome científico do nim, árvore de origem indiana que há mais de 4 mil anos é utilizada nos mais diversos tratamentos. Por este motivo, desperta grande interesse da classe científica, inclusive na produção de mudas. A principal substância ativa do nim é a azadirachtina, sendo que outros triterpenoides, geduninas, nimbin e liminoides atuam em conjunto na ação inseticida.

A pós-doutora em química orgânica e professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva, aponta que cerca de 400 espécies de insetos foram relatadas em pesquisas como sensíveis a algum tipo de ação do nim. "Além desse tipo de ação, o nim tem efeitos sobre outros organimos, como nematóides, fungos, vírus, protozoários", diz, explicando que o produto, que atua como bioinseticida, se revela praticamente inócuo ao ambiente e ao homem.

Na produção de mudas de praticamente todas as espécies (frutíferas, hortaliças, reflorestamento etc), o nim tem se mostrado uma alternativa importante e de baixo custo para proporcionar melhor desenvolvimento do sistema radicular e da parte aérea das plantas, promovendo melhor aspecto fitossanitário.

Em média, a utilização do pó de nim na proporção de 1% a 5% no substrato é suficiente para auxiliar na proteção contra fungos do solo e insetos subterrâneos, favorecendo o desenvolvimento das raízes e o combate de pragas como o fusarium.

Fusariose

O controle da fusariose é difícil, por se tratar de um patógeno que pode sobreviver por longos períodos no solo e não se dispor de tratamentos biológicos satisfatórios.

Recentemente, a Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA) comprovou que a incorporação de folhas de nim indiano no solo ainda na fase de produção de mudas da pimenteira-do-reino (Piper nigrum L.) permite que as mesmas sejam transplantadas para o campo totalmente livres da fusariose, combatendo, assim, um dos mais antigos, maiores e graves entraves desse setor produtivo no País. A doença, também conhecida por podridão de raízes, dizima pimentais e causa prejuízos que não ocorrem no exterior, pois em outros países produtores está sob controle.

A doença é causada por um fungo presente no solo, o Fusarium solani f. sp. piperis. Não há cultivares comerciais resistentes, nem tratamento químico eficaz contra o fusarium. Isso potencializa ainda mais os benefícios da nova tecnologia, especialmente entre agricultores familiares e pequenos produtores, pois é de fácil aplicação e baixo custo.

O controle alternativo da fusariose em mudas permite a implantação de novos pimentais com material propagativo sadio, retarda o aparecimento natural da doença no campo e diminui sua disseminação para novas áreas de plantio.

Os resultados da pesquisa estão publicados no Comunicado Técnico “Tecnologia para o controle da podridão de raízes  em mudas de pimenteira-do-reino”.

O mesmo tipo de resultado foi encontrado pelo pesquisador Gilson Soares da Silva da Universidade Federal do Maranhão. No trabalho, ele procurou avaliar o efeito da incorporação de folhas trituradas de nim ao solo, sobre o complexo Fusarium x Meloidogyne em quiabeiros.

O resultado: em todos os tratamentos onde se usou folhas de nim houve redução na incidência da doença, evidenciada pela percentagem de controle. A incorporação de 50g de folhas frescas de nim foi  eficiente para o  controle de Meloidogyne e Fusarium isoladamente, bem como  na interação desses patógenos.

O controle da fusariose e nematóides se dá também na produção de leguminosas como a soja e o feijão.

Outro caso bastante conhecido e divulgado é o do Engenheiro Agrônomo e produtor rural Élton Vargas, proprietário do viveiro Tekoá, em Águas Mornas (SC). Reconhecido como um dos pioneiros do uso do nim na composição do substrato para a produção de mudas, ele relata que passou a ter um controle mais efetivo de pragas que atacam as folhas e raízes, e que o enraizamento se tornou mais saudável e vigoroso.

Vargas tem utilizado o nim na produção de mudas de hortaliças e eucalipto. "O resultado foi impressionante, e as mudas tiveram um enraizamento fantástico, resultando em uma ida mais cedo para o local definitivo de plantio. E o mais importante de tudo, tive uma eficácia de 95% no controle de larvas de Fungus gnatis", afirma o produtor.

Diversas pesquisas têm demonstrado que a adição ao solo de produtos derivados do nim (Azadirachta indica Juss) tais como folhas, óleo e torta reduzem consideravelmente a incidência de fitonematóides e de alguns fungos fitopatogênicos.

A busca por métodos alternativos de manejo das doenças da agricultura vem aumentando nos últimos anos, em decorrência dos efeitos nocivos que os defensivos agrícolas provocam ao meio ambiente e à saúde humana. Diante disso, os produtos à base de nim podem se tornar um poderoso aliado na busca por uma agricultura limpa e sadia.

* Artigo originalmente publicado no site Paisagismo Digital -

http://www.paisagismodigital.com/Noticias/default.aspx?CodNot=289&CodSecao=3

Marcas de defensivos biológicos em 2013 é mais que o dobro de 2011

Do Mapa

Com as 16 novas marcas de agrotóxicos biológicos registrados pelo Ministério da Agricultura em 2012, contabilizam-se hoje, ao todo, 88 marcas comercializadas dos produtos no Brasil, mais que o dobro de 2011, quando havia apenas 41 marcas de biológicos. Das 16 marcas registradas no ano passado, 16% foram de agrotóxicos biológicos e 5,6% de químicos.

Os números refletem o interesse do governo em incentivar cada vez mais o produtor rural a utilizar produtos biológicos - menos agressivos à saúde humana e ao meio ambiente - no combate às pragas que atacam as lavouras.

Como prioridade em registrar os produtos biológicos, o governo federal pretende ampliar o uso de praguicidas desse tipo, além de reduzir o prazo para avaliação dos pedidos de certificação de produtos eficazes e menos tóxicos, de modo que os produtores passem a adotá-los. O registro de agrotóxicos biológicos costuma ser aprovado em menos tempo que o de um agroquímico. Enquanto o processo de registro convencional pode levar até cinco anos, o de um agente biológico tramita sob prioridade e pode ser finalizado em até 60 dias.

As exigências da legislação da agricultura orgânica permitiram agilizar ainda mais o registro dos agrotóxicos biológicos. Para incentivar ainda mais o uso de pesticidas biológicos, o governo estabeleceu, em 2010, a venda livre (sem receita agronômica) destes produtos para a agricultura orgânica.

A lista dos agrotóxicos registrados está disponível no endereço eletrônico www.agricultura.gov.br, link serviços – agrotóxicos/Sistema Agrofit. Os interessados em registrar produtos biológicos devem enviar e-mail para agrofit@agricultura.gov.br.

Frente Parlamentar de Agroecologia de São Paulo será lançada em março

Por Rafael Nunes

Após meses de mobilização, a Frente Parlamentar de Agroecologia e Defesa da Cultura Orgânica no Estado de São Paulo, idealizada pelo mandato da deputada estadual Ana do Carmo (PT), já tem data para ser oficializada. No dia 26 de março, na Assembleia Legislativa, deputados e entidades ligadas ao tema darão o pontapé inicial da frente.

A data será marcada pelo ato “Ocupação Agroecologia”. Ao longo do dia, serão apresentados todos os movimentos e grupos ligados aos orgânicos em São Paulo. “Vai ser um grande painel demonstrativo do potencial desse setor em São Paulo, com a presença de professores, ONGs, sindicatos e entes que trabalham com a agricultura orgânica. Todos vão apresentar e debater essa temática”, afirmou Gustavo Cherubini, coordenador de Meio Ambiente do mandato da deputada Ana do Carmo e articulador da frente.

Após a reunião realizada no plenário Dom Pedro I, na Assembleia, a deputada Ana do Carmo voltou a pedir a conscientização do Governo do Estado pelo apoio a produtores orgânicos. “O mais importante dessa Frente é fazer com que o governo entenda como é fundamental ter essa política para a população paulista. O produto orgânico pode até ser mais caro, mas é aí que entra o nosso papel, de cobrar do Governo do Estado o incentivo para que essas produções tenham um custo menor e a população passe a ter uma alimentação muito mais saudável”, disse.

No próximo dia 27/02 o grupo volta a se reunir para dar prosseguimento à elaboração do regimento da Frente Parlamentar. Além de Ana, a frente conta com a articulação do deputado Aldo Demarchi (DEM), Simão Pedro (ex-deputado estadual e atual secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo) e do vereador paulistano Nabil Bonduki.

Agenda
Após a segunda reunião do grupo que debate a instalação da Frente Parlamentar da Agroecologia na Assembleia Legislativa, a deputada estadual Ana do Carmo se reuniu com técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Ambos órgãos apresentaram à deputada, principal articuladora da implantação da Frente Parlamentar e da discussão de uma política de orgânicos no Estado de São Paulo, a possibilidade de reunir prefeitos e deputados para uma audiência como o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho.

“É uma chance de trazermos informações para os prefeitos e quem sabe dar suporte para políticas municipais de agricultura familiar e orgânica“, afirmou Marcelo Silvestre Lauriano, coordenador da Comissão de Produção Orgânica de São Paulo, ligada ao ministério.

Preserva Mundi participou da 2ª feira de sementes e mudas da UNB

Da Redação

A diretora-executiva da fazenda Preserva Mundi, Romina Lindemann, participou, em Alto Paraíso de Goiás (GO), da II Feira de Sementes e Mudas da Chapada dos Veadeiros, promovida pelo Centro UnB Cerrado em parceria com a Cooperativa Frutos do Paraíso.

O evento é palco da prática de doação, permuta e comercialização de sementes crioulas e mudas de produtores rurais, organizações sociais, instituições de ensino, comunidades tradicionais.


Para Lindemann, que levou à feira 500 gramas de sementes de nim, a troca de sementes é um momento privilegiado para a transmissão de conhecimentos em prol do fortalecimento da agroecologia. "A 2ª edição do evento representa o amadurecimento de uma proposta de criação de uma rede de conservação, difusão e intercâmbio de variedades crioulas no País."

A atividade reuniu expositores de diferentes regiões do país, como o produtor Amilton Fernando Munari, de Maquiné (RS), que levou mais de 20 variedades de feijão, milho, batata, girassol e outras espécies. O conhecimento sobre cultivo e estocagem foi herdado do pai e avô. Hoje, Munari é referência da produção orgânica e percorre o Brasil para participar de feiras e encontros de Agroecologia. "É o momento de a gente se encontrar e pensar juntos sobre a nossa soberania alimentar e nutricional. Foi muito importante ver o interesse das pessoas, porque a semente que a gente troca leva com ela a cultura. Ela é a vida e nos faz viver mais perto da natureza, senão a gente fica distante, vivendo em um mundo artificial”, comentou Munari.

Variedades centenárias de milho crioulo produzido pelos calungas (descendentes de escravos) da região e outras espécies que retratam a riqueza da agrobiodiversidade brasileira, além de mudas e plantas trazidas por moradores do município, atraíram atenções de quem passou pela feira. “Eu fiquei muito satisfeito de ver até crianças trocando de sementes. Esse valores cooperativos sendo disseminados entre elas, pra mim, foi ótimo de ver”, relatou Julio Itacarambi, expositor e agricultor de Alto Paraíso.

* Com informações do Blog Oficial do evento

Nim ajuda a combater o mosquito da dengue

As folhas da árvore possuem uma substância inseticida que afasta os insetos. Aprenda a fazer uma receita simples e eficiente com citronela, água e álcool.

O nim, uma árvore de origem asiática, está ajudando a combater o mosquito da dengue, no Piauí. As folhas possuem uma substância inseticida que afasta os insetos.

A árvore afasta os insetos e já está em quase todos os bairros da capital Teresina. O professor Francisco Leal, da Universidade Federal do Piauí, que há 11 anos desenvolve pesquisa sobre a planta, explica que o nim possui substâncias naturais na seiva. “O mosquito não gosta do doce e da seiva dessa planta. Ela inibe a alimentação e diminui o crescimento dos insetos e a reprodução”, diz o pesquisador Francisco Leal.

A popularização do nim começou em Teresina há um ano. Os viveiros públicos passaram a produzir e a doar mudas da árvore. Em um ano, foram doadas 20 mil mudas.

A prefeitura também está doando mudas de citronela, outra planta de origem asiática com ação repelente. “Uma pulseira de citronela tem o efeito de repelir num raio de 50 metros quadrados qualquer inseto que esteja próximo dela”, esclarece Claudiney Feitosa, gerente Meio Ambiente.

Aprenda uma receita de repelente natural de citronela:

Ingredientes:
- 500 ml de água
- 100 gramas de folha de citronela picada
- 30 ml de álcool

Preparo:

Em um liquidificador, coloque a água e metade das folhas da citronela, bata por cerca de 3 minutos. Depois a mistura deve ser coada e usada para bater o restante das folhas, também por 3 minutos. Em seguida, é preciso coar novamente a mistura para acrescentar o álcool. Continue batendo por 1 minuto e está pronto.

Artigo discute relações entre agricultura orgânica e agroecologia

Lucimar Abreu, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Stéphane Bellon, pesquisador do Inra (França), Alfio Brandenburg, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Guillame Olliver e Claire Lamine, pesquisadores do Inra, Moacir Darolt, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Pascal Aventurier, Engenheiro do Inra, publicaram um artigo científico na Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente, de julho a dezembro de 2012, pela Editora UFPR, que trata das relações entre agricultura orgânica e agroecologia.

O artigo denominado "A relação entre agricultura orgânica e agroecologia e os desafios atuais em torno dos princípios da agroecologia" busca qualificar o debate técnico científico atual que coloca os conceitos de agricultura orgânica e agroecologia em polos divergentes. Essa visão científica simplificadora da realidade social é evidenciada no debate técnico científico expressa por algumas lideranças do universo da agroecologia - ongs e de alguns autores, conforme mostramos no artigo.

Conforme a pesquisadora Lucimar Abreu, “a ruptura entre agricultura orgânica e agroecologia dificulta a possibilidade de colocar em prática uma nova concepção de desenvolvimento rural, por meio de políticas públicas diferenciadas que visam o fortalecimento do universo dos produtores familiares e não simplesmente de grupos focais. E preciso relacioná-las às diferentes formas sociais empíricas de produção e reprodução social, sejam elas inspiradas nos princípios da agricultura orgânica ou da agroecologia. E levar em conta a história e a trajetória da transição e dos agricultores, suas aspirações sociais e econômicas e analisar o conteúdo prático destas formas alternativas de produção”.

“Nesse artigo, exploramos a relação entre agroecologia e agricultura orgânica, enfatizam os autores. O debate na comunidade científica em alguns países e a análise das posições ou discursos de pesquisadores e artigos apontam para distintas combinações, trocas e interações entre a agricultura orgânica e agroecologia.

“Nesse sentido, primeiramente, com base na revisão de literatura, mostramos distintas interações entre esses estilos de agricultura. Além disto, analisamos as controvérsias das agriculturas em foco, bem como apresentamos uma síntese de dois estudos de caso para ilustrar a aplicação prática de princípios da agroecologia, avaliando práticas e valores éticos, relacionando-as com as lógicas familiares ou patronais de funcionamento da produção”.

Os autores concluíram que as relações entre os estilos de agricultura não podem ser reduzidas a uma simples oposição entre um campo científico e um domínio prático. Diversos elementos devem ser tomados em conta, entre os quais o grau de integração sociocultural (valores) à sociedade, as práticas e a inserção no mercado. Estudos no território brasileiro exemplificam a diversidade de relações existentes, seja inclusiva ou exclusiva, observando-se uma fluidez entre conceitos de agroecologia e agricultura orgânica.

Enquanto a agricultura orgânica tem suas raízes na ciência do solo, a agroecologia sustenta seus princípios na ecologia. A agroecologia privilegia, num primeiro momento, as dimensões agronômica e ecológica e, em seguida, as dimensões sociológica e política.

Nesse sentido, a agroecologia entendida como um estilo de agricultura pode ser mais ou menos sustentável quando é capaz de atender, de maneira integrada, aos seguintes princípios: baixa dependência de inputs externos e reciclagem interna, uso de recursos naturais renováveis localmente, mínimo de impacto adverso ao meio ambiente, manutenção em longo prazo da capacidade produtiva, preservação da diversidade biológica e cultural, utilização do conhecimento e da cultura da população local e satisfação das necessidades humanas de alimentos e renda.

Por outro lado, a agricultura orgânica sustenta-se, segundo a Internacional Federation for Organic Agriculture Movements (Ifoam), em princípios de equidade, saúde e justiça e em paradigmas da ciência do solo. É entendida por autores de forma crítica, centrada numa visão minimalista, na medida em que ela é vista como substituição simples de insumos, em detrimento do redesenho dos sistemas agrícolas, e praticada segundo a lógica organizacional da moderna agricultura convencional.
Apesar dessas críticas, a conversão para a agricultura orgânica é frequentemente lembrada por esses autores para ilustrar as perspectivas de transição agroecológica.

Esse artigo é fruto de uma análise realizada tendo em conta a perspectiva cruzada de duas disciplinas – sociologia e agronomia – cuja característica marcante é a abordagem multidisciplinar e interdisciplinar desta problemática.

Apesar de a agricultura orgânica possuir potencial para oferecer alimentos ecologicamente corretos e preservar o meio ambiente e as paisagens, alguns estudos têm mostrado que unidades de produção orgânicas, certificadas ou não, adotam práticas que não respeitam os princípios da agricultura orgânica. Esta tendência tem sido chamada de “convencionalização” da agricultura orgânica. Argumenta-se que para fortalecer a agricultura orgânica e potencializar seus benefícios teria que se avaliar a sua heterogeneidade e ir além da regulamentação. O argumento principal aponta para a necessidade de analisar empiricamente se a agricultura orgânica está cumprindo ou não com os princípios e valores defendidos pela Ifoam e se recomenda a adoção de indicadores que tenham capacidade de capturar o conjunto de causas e efeitos decorrentes das diferentes práticas adotadas.

O trabalho consistiu em identificar e caracterizar os sistemas de produção de um grupo de agricultores familiares por meio da análise do funcionamento e da gestão de seus respectivos sistemas produtivos, do ponto de vista dos princípios da agricultura agroecológica e ecológica.

Portanto, verificou-se a aplicação de princípios da agricultura orgânica recomendados pela Ifoam e os princípios da agroecologia recomendados pelo movimento ecológico sul-americano, com foco na agrobiodiversidade, na reciclagem de material e nos aspectos socioeconômicos do processo de conversão agroecológica.

A agricultura orgânica tem um papel importante como agricultura de base ecológica, devido à sua história (quase um século), aos seus princípios para a ação (conjunto de regras) e práticas codificadas (regulamentos), aos seus controles e certificação, à sua crescente importância econômica e à sua identificação pelos consumidores. A agricultura agroecológica tende a reforçar a identidade como um projeto orientado para a ação interdisciplinar, com as suas especialidades oferecendo um conjunto de
contribuições importantes para a diversificação de cultivos, serviços para a biodiversidade, justiça social e soberania alimentar. Isso implica em aprofundar as relações já construídas com os movimentos sociais e em buscar convergências benéficas através de uma fértil relação entre a agricultura orgânica e agroecológica.

A este respeito, os esforços de investigação contribuem para compreender o redesenho de agroecossistemas sustentáveis. Elas têm um papel importante e expressam novas tendências das políticas da multifuncionalidade da agricultura e aproximação entre produtores e consumidores.
 
Reforça-se também a premissa de que a análise da agricultura orgânica e da agricultura agroecológica não deve ser tratada de forma polarizada, visto que ambas têm um peso social, ambiental e econômico importante, principalmente para a agricultura familiar.

Cristina Tordin
Jornalista, MTB 28499
Embrapa Meio Ambiente
19.3311.2608